Tuesday, October 03, 2006

E é como se eu visse deus e o diabo duas vezes por dia...
Catando meus pedaços mortais a cada embarque...
Desse cais partem os meus navios de papel
Conheço bem o inferno, é feio
Mas o caminho é cheio de espinhos fantasiados de flores
Um falso carnaval me envolve, brinco sabendo
Os gritos da noite e das tempestades me fascinam
O brilho da lua vem acompanhado do uivar do lobo misterioso
E respiro o pó dos cacos de vida ou cacos de vidro
Em cada um uma surpresa
Em cada um - pedaço de imortalidade
Imortalidade boba...
Imortalidade de mentira – falso herói por uma noite
Não sei exatamente se estou fugindo ou indo de encontro
Parece confuso aos teus olhos
E sinto-me trair a cada respirar
É como se vários amantes eu tivesse numa noite á luz néon
E choro sozinha
O chão coberto de sangue e vinho tinto
O sol que eu sempre amei, nesta manhã doeu meus olhos
Ardeu
Coçou
Tira-me daqui, a noite parece-me eterna neste dia tão cheio de vida
Abra essa janela amor, afaste as cortinas, limpa esse quarto
E deixe-me provar do teu espírito de verdades-verdades
Olha como o poço é profundo
Eu não sabia
Eu não sabia
E é como se eu visse deus e o diabo duas vezes por dia...
.
.
.
.



20/06/05 – 8 horas da manhã
Thaiz Barros Cantasini

1 Comments:

Blogger reraiser78 said...

dessas palavras, não esqueço, desde o dia q recebi esse texto por email. desde quando tive o privilégio de ouví-las na interpretação da autora.
do teu talento, soube desde q nos conhecemos.
da tua força, não preciso fazer comentários.

peace

renato

7:15 PM  

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