Tuesday, January 27, 2015

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Pinga pingo d´água até formar um rio.
Demora e armazena palavra miúda em gota.
Nada no nada, forma o disforme, canta a tromba d´água...
e dentro da tromba d´água lateja um elefante, mas transparente.
Sobre os telhados solfeja insólida e por osmose vira cheiro de telha molhada.
Chora janela, escorre pilastra, gozam em frenesi as gramíneas, deflora a flor em orvalho.
Lampeja a voz imperatriz da chuva num berro uivoso de raio.
onde tudo úmido
onde tudo súbito
onde desmaia o sol.
Pessoa na chuva é ilha.

(T.C)

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