Um título pode ser um anúncio.
(E não aprendi ainda a fazer um bom anúncio)
Eu não sei.
Todo mundo me pergunta, mas eu não sei.
Porque para tudo existe um tempo.
A ampulheta marcou o final, mas eu não sei.
Não compreendo.
O que eu quero agora é girar o bambolê com a minha menina,
Examinar as cores das coisas. Saber apenas se são primárias ou secundárias.
(E dizer para ela como gosto de algumas cores e menos de outras. Mas também não sei por quê)
Estudar a mudança do dia para a noite, tentar saber porque o relógio não marca 50:80h.
Decorar o prato do almoço, fazer uma careta em uma macarronada: dois olhos de mussarela e uma boca com a raspa de um tomate .
Correr atrás de uma pluma besta que descolou de alguma folha e não pára com o vento.
Pensar no céu. Ver uma montanha. Abobar-me. Abismar-me.
Ler uma poesia que fale sobre alguma flor que eu pense que seja eu. Confundir-me.
Permitir que os meus olhos chorem de uma alegria tão boba ...e grande... e invisível.
E quero uma casa de papel, madeira ou isopor para plantar a solidão que venero tanto.
Mas eu não sei.
Olho para um copo d´água parado na escrivaninha.
E ele parece saber tanta coisa.
Eu quero beber a vida que se apresenta nesses instantes.
Esse é o meu tempo.
É disso que eu estou falando.
Disso eu sei.
Thaiz Cantasini.
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