Tuesday, December 10, 2013

F(ardo) cigana.

Travesseiro de cactus
onde a cigana repousa.
.
.
.
~~~~~~~~~~~~~~~~
Lá dentro do corpo
um espinho cativo tenta acariciar a intro-pele vidente.
De fora, a maciez e o alívio do cacto visível.
(Espinho previsível)

Prevendo a morte e a vida.
Prevendo a queda e a subida.
Doente de tanto sonhar.
Na palma da mão:
todas as linhas,
todas as minhas,
pequenininhas,
fagulhas do quase.
O fardo da cigana
é não ter mãos
para
ser
a
própria
profecia.
As ciganas são mulheres do futuro.









0 Comments:

Post a Comment

<< Home