Descarregos, náuseas da última semana:



Diagnóstico: vício por virtudes infecto-religiosas.



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Tinha um corretor ortográfico no modo pornográfico. 
Magia puta! 
(*pura)


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Afeto não tem hipotenusa.
Não sei nada sobre a tabuada, por isso virei poeta.


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Laura estava mais bonita, mesmo. Escrevia poesia na hora do banho.
A água escorria da cabeça em mil percursos, em mil novos cursos.
E a ideia vinha botando os pés nas margens dela. Até escorregar dançando pelos seus infinitos afluentes. O corpo ali, nu, recebendo palavra.
Toalha: e Laura, agora, só orvalha.
Depois passa um rímel no tempo, um batom na vida. 
Nudez por cima da roupa.
Poesia por cima da palavra.

Inundada.

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Quero-quero virou semente,
brotou um beija-flor.
Eu bem-te-vi.
Mas o canário, pardal de vista.
Que bom que essa flor sabe assobiar.

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Aparecido,

Inter-pretou poesia
nos becos dos ecos dos botecos.
Inter-pretou os quilates da palavra e o seu quinto dos infernos
em ouTro Preto,
nas Mínguas Gerais.

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Quando Lia pensava nele
era campo antigravitacional:
Fazia do céu uma piscina.
Os pássaros não paravam de nadar
e o nada era a própria plenitude de voar.
Quando Lia pensava nele
muitos seres aquáticos
produziam energia eólica rodopiando as brânquias.
(não paravam de rodar)
Que era para alimentar o mecanismo de também nunca mais parar de flutu-ar.
O jardim da casa dela era num varal.
As raízes das plantas compunham uma
natureza quase sideral.

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