Sunday, November 15, 2015

Só a poesia nos salvará da guerra que é ser gente.
Nos apossemos do direito de olhar, do direito de sentir a alfinetada.
(Encontrar um corpo novo no antigo, perder a hora e ganhar o tempo).
Pelo fim do poder-papel do dinheiro e pela transposição dele em papel-poema, con-tato, novos sensores prá vida: há uma urgência de implosão.
Pelo direito que a lei magna esqueceu de constar: por mim e por você neste aqui, neste agora.
Pelo fim do nosso afogamento que se revela entre água e terra podre.
Por um grito tóxico que rompa essa manhã imposta.
Pelo fim da bosta dos regulamentos vitalícios,
desse papel-vício-ofício.
Queremos ser rascunho.

(T.C)

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