Tuesday, March 08, 2011

O Incômodo Safado: Mr. Bukowski

Escarrando algumas verdades nas avenidas, na palavra, na condição humana.

Wednesday, March 02, 2011

Hilda Hilst é nome de um remédio.

Não tomar Partido. Não querer saber. Vestir a camisa e sorriso dos amarelados. Andar pela rua como se o real fosse fábula. Tropeçar pela cidade, devanear pelos becos, escadas e pontos de ônibus. Escrever poesia imaginária com medo de registrar num papel. Ver a poesia que o imaginário escreveu sendo diluída pela ação de alguns poucos, porém, rigorosos minutos. O tempo escolhe o que quer apagar. Estamos presos dentro da vontade do tempo. Estou nas mãos do tempo, e peço que ele aja nesta aflição, que ele passe, que ele me presenteie com a deturpada calma dos esquecidos. Não tenho dormido direito. Os  suores estão mais freqüentes. Sou eu aqui, espectadora de mim: meu corpo na arena, entregue, nocauteado – e a cabeça ferida tentando levantar no tatame. A cabeça fica em pé, fala de Werther, justifica-se, clareia o que o corpo quis padecer. Acordo de novo. Novos suores. A sentença agora é irrigar também as veias.
Um pouco de Hilda Hilst e essas febres vão disfarçando e metamorfoseando tudo em “noturnos girassóis e ramas secretas”.

Thaiz Cantasini