Tuesday, March 13, 2012

Mudez: Zipando

A minha poesia é uma agonia.
Uma voz que não ecoa.
Um passeio íntimo.
Uma vasculha.

Minha poesia é efêmera.
Não salvo em rascunhos.
Escrevo nua.
Despedida de um eu saturado,
Jogado no ar.
...

Minha poesia é calada.
Mastigada.
.
.
.
.
Sem Receita


Sede de um poema novo, longe da métrica, longe da linguagem acadêmica, longe do corpo imposto, com a língua imposta... Um poema que rompa os olhos de um leitor desprevenido. Um poema pássaro. Um desacordo entre as palavras, uma rebelião gramatical. Eu quero um poema novo. Tão novo que seja só sentimento. As palavras não dão mais conta dos poemas, meus caros.

(Thaiz Cantasini)