Sunday, August 26, 2012



Um título pode ser um anúncio. 

(E não aprendi ainda a fazer um bom anúncio)



Eu não sei.

Todo mundo me pergunta, mas eu não sei.

Porque para tudo existe um tempo.

A ampulheta marcou o final, mas eu não sei.

Não compreendo.

O que eu quero agora é girar o bambolê com a minha menina,

Examinar as cores das coisas. Saber apenas se são primárias ou secundárias.

(E dizer para ela como gosto de algumas cores e menos de outras. Mas também não sei por quê)

Estudar a mudança do dia para a noite, tentar saber porque o relógio não marca 50:80h.

Decorar o prato do almoço, fazer uma careta em uma macarronada: dois olhos de mussarela e uma boca com a raspa de um tomate .

Correr atrás de uma pluma besta que descolou de alguma folha e não pára com o vento.

Pensar no céu. Ver uma montanha. Abobar-me. Abismar-me.

Ler uma poesia que fale sobre alguma flor que eu pense que seja eu. Confundir-me.

Permitir que os meus olhos chorem de uma alegria tão boba ...e grande... e invisível.

E quero uma casa de papel, madeira ou isopor para plantar a solidão que venero tanto.

Mas eu não sei.

Olho para um copo d´água parado na escrivaninha.

E ele parece saber tanta coisa.

Eu quero beber a vida que se apresenta nesses instantes.

Esse é o meu tempo.

É disso que eu estou falando.

Disso eu sei.



Thaiz Cantasini.

Wednesday, August 22, 2012

Conta-gota.



Varanda. Céu Azul. Dia de encontros tão bonitos e iluminados que confundo tudo isso com o sol escaldante desse lugar. Tempos de refazer, e rever. De reabastecer os meus frascos (de saudade). Se eu for escrever tudo daria até um belo poema. Mas, ainda sim, ele não daria conta dessas luminosidades, desses vagalumes diurnos disparando fé nas minhas crenças, nos meus sonhos todos. 
Amanhã? Amanhã a vida é real. 
Alguns tipos de felicidade devem mesmo ser medidos á conta-gotas (fico pensando). 

E esses, sim:
 (nesses ramos todos das árvores do contentamento) 
são os mais primorosos. 



Thaiz Cantasini

(22 de agosto de 2012)